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A primeira premissa dos desenvolvedores da PNL era fazer a pergunta: "Como?" Esse era o início do processo de modelagem que ocorreu quando eles entrevistaram Virginia Satir, Fritz Perls e Milton Erickson. Desde 1975 os Trainers de PNL continuaram a tradição de modelar as melhores práticas na educação, saúde, negócios, etc.
No NLP Center of New York, os nossos treinamentos têm módulos. No nosso Certificação de Practitioner ensinamos a estratégia da eliciação. É aí que os nossos alunos começam a aprender os primeiros passos da modelagem. Em nosso treinamento de Certificação do Master Practitioner atribuímos aos nossos alunos a tarefa de modelar alguém de fora do Centro. Eu escolhi para modelar um ex-aluno, que como prefere permanecer anônimo, vou me referir a ele como B. B tinha se formado em todos os nossos cursos disponíveis incluindo: Practitioner, Master Practitioner, Hipnose nível 1 e 2 e Transformação Essencial. Eu o tinha visto recentemente quando ele me falou que estava aprendendo sobre o treinamento de cachorros.
Como nós possuímos dois cachorros, achei que gostaria de modelar alguém que tem a capacidade para treinar cachorro. No entanto, quando B e eu começamos a falar, percebi que treinar cães era uma habilidade que ele aprendeu e não era necessariamente "uma capacidade". B e eu discutimos isso e expliquei que, se ele estava me contando como ser um bom treinador de cães, ele estaria me falando o que havia aprendido sobre o treinamento de cães, mas isso seria uma estratégia consciente, ao invés de algo que é inconsciente. Quando modelar, você deseja modelar uma capacidade que é inconsciente. Ele percebeu que o que era realmente uma capacidade era a sua capacidade de adquirir novas habilidades. Ele era bom nisso, mas não sabia "como" fazia isso. O treinamento de cachorros seria um exemplo de como ele adquiria novas habilidades. Bingo, estávamos prontos para modelar.
Basicamente, quando B adquire uma nova habilidade ele fica interessado em alguma coisa quando não sabe nada sobre ela. Ele disse: "Eu vou do zero a 60". No que diz respeito ao treinamento de cachorro, ele não acreditava que poderia educar um cachorro, e, em seguida, ficou curioso sobre o que teria que compreender para ter essa habilidade. Outro exemplo seria a compra de um imóvel e não saber nada sobre contratos. Ele disse: "Eu não sabia nem trocar uma lâmpada." Agora, alguns anos mais tarde, os amigos lhe consultam sobre a compra de imóveis e sobre questões acerca dos contratos. A mesma situação aconteceu com a culinária. Ele não sabia nem ferver água e agora fala à vontade sobre receitas complicadas.
Muito da motivação de B para adquirir novas habilidades veio da sua infância. Ele era imigrante e as suas experiências iniciais na educação infantil foram negativas. Os professores pensavam que ele era retardado quando não conseguia entender e nem falar inglês. Ele se lembra de pensar: "Eu só não entendo." Ele acrescentou que tinha o sentimento de que se não entendesse alguma coisa, ele não se sentia bem até que conhecesse tudo perfeitamente.
Ele realmente quer entender como as coisas funcionam. Ele acha emocionante descobrir um novo lugar ou alguma coisa nova. Ele disse: "Isso é como uma aventura. A maioria das pessoas não entende que não é uma escolha fazer a mesma coisa todos os dias. Estou à procura de um ângulo novo. Existe algo sobre a coisa que capta a minha atenção. No começo eu estava com medo da ideia de educar um cachorro, mas então fiquei obcecado e comecei a ler tudo que encontrei nos livros, artigos, pesquisas e a assistir muitas aulas. Eu adoro ficar imerso em um assunto. Eu realmente quero saber sobre alguma coisa muito bem."
Pedi para ele me explicar as suas capacidades em mais detalhes e ele disse: "Ao pesquisar eu tenho a capacidade de reter muitas coisas na minha mente e lidar com elas, e entender a estrutura e o significado. Eu sou obcecado com a diferença que faz a diferença. Eu estou realmente interessado no sistema e ainda tenho um problema com a estrutura." Junto com a pesquisa, ele assiste palestras para conseguir mais compreensão das estruturas sobre as quais ele não tem certeza.
Uma outra parte da sua motivação para adquirir novas habilidades é sua crença de que ele não sabe o suficiente e fica se comparando com quem sabe mais. Ele diz, que essa comparação o motiva ainda mais. Ele se vê como um pitbull, destinado a ser perfeito, "um pitbull dentro de mim que encontra um pedaço de carne. O que me motiva é o pitbull dentro de mim que está conseguindo carne, o domínio. É disso que eu gosto."
Perguntei como ele sabe quando alcança totalmente a nova habilidade. Isso é um problema, porque ele não sabe quando parar de pesquisar. "Eu realmente não paro. Estou constantemente querendo aprender mais. De alguma forma, há um sentimento de que se eu dominá-lo, o mundo vai ficar bem. Talvez essa coisa nova: treinamento de cachorros, cozinhar, será dominada e então eu vou me sentir em paz."
Ao longo desse processo de pesquisa, ele tem um sentimento de curiosidade, obsessão, emoção, esperança e otimismo. Não me surpreende que ele não queira parar.
Resumo do modelo para adquirir novas habilidades
1. Pense em algo em que você possa se interessar, mas que você não sabe nada.
2. Junte aos sentimentos de curiosidade, obsessão, emoção, esperança e otimismo.
3. Realize o desejo de querer entender algo em detalhe, sinta-se compelido a querer chegar perto da perfeição com o seu novo aprendizado.
4. Continue a sentir-se compelido e se compare com alguém que já tenha essa habilidade.
5. Sinta o desejo de alcançar a maestria e a perfeição queimando por dentro. Continue a ler, ter aulas e praticar.
6. Termine quando se sentir tranquilo.
O artigo original "NLP Modeling: Acquiring New Skills: From Zero to Sixty" encontra-se no site: nlptraining.com