PNL, escola e relacionamentos

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sex, 21/03/2008

É uma fonte de contínua surpresa para mim, como nós podemos passar dez, quinze anos numa escola, aprendendo toda sorte de assuntos estranhos e maravilhosos, e ainda assim não aprendermos praticamente nada sobre uma das mais importantes atividades que irá nos acompanhar por toda nossa vida – criar relacionamentos com outros seres humanos!

Estranhas prioridades educacionais

Pense nisso. À parte de controlar a sua própria saúde e manter a sua autoestima, não existe nada mais importante do que isso! Contudo nem a autoestima saudável nem a capacidade de criar e desenvolver relacionamentos recebe qualquer atenção real no processo ‘educacional’ convencional. (Na Grã-Bretanha com certeza não. Porém, se no seu país for diferente, eu apreciaria que você me informasse.)

As habilidades da PNL para desenvolver e manter relacionamentos não são difíceis de serem entendidas, e certamente estão dentro da capacidade de uma criança de dez anos de compreender e começar a aplicar. E mais, para aprendê-las não se precisa mais do que uma ou duas horas por semana – mesmo permitindo discussões e atividades exploratórias. Não é um grande investimento de tempo, mas sim um investimento que pode trazer profundas implicações para a nossa sociedade em poucos anos - sem mencionar as implicações na felicidade futura dos jovens envolvidos!

Em vez disso, como os jovens passam o tempo? Dissecando animais. Fazendo cerâmica ou artigos de artesanato. Aprendendo sobre a composição das camadas de rochas. E uma variedade de outros assuntos sem utilidade imediata.

Mas "como eu me relaciono com uma pessoa de modo que esse relacionamento fique cada vez melhor quanto mais tempo passarmos juntos?" Ou "Como eu posso evitar as brigas com os mais íntimos e queridos, quando nenhum dos dois quer brigar, mas não sabemos como evitar – ou como parar, depois que começamos?" Desculpe! Nós não temos orçamento! Isso não está no currículo das escolas! Não temos os recursos! Ou o tempo. Ou a capacidade???

Pegue apenas 2 habilidades...

Vamos examinar como apenas duas habilidades usuais do nível Practitioner poderiam ser aplicadas para melhorar como as pessoas se relacionam com as demais. Essas habilidades poderiam ser compreendidas pelos jovens em torno dos 10 aos 12 anos. E poderiam ser ensinados em poucas horas. As habilidades poderiam ser "ligadas" e praticadas de muitas maneiras diferentes – por meio de jogos ou de tarefas planejadas, por exemplo.

(1) Os níveis lógicos

Ouvir cuidadosamente o que uma pessoa diz e como ela age, e depois relacionar isso com o mapa da personalidade dela, fornece muitas oportunidades para evitar dificuldades e transmitir respeito e apoio. Por exemplo, se alguém de quem você gosta está sem vontade para fazer algo que você gostaria que ele fizesse, ouça como ele transmite isso. Se ele disser "Eu não posso fazer isso", indica que ele pensa que não tem a habilidade para fazer. Ele pode até querer, mas não sabe como.

Mas se ele disser "Eu não posso ver o sentido disso", significa que ele não pode ver como isso satisfaz os valores dele. Se o seu amor e atenção para com essa pessoa possibilitou você saber quais são os valores essenciais dela, então você poderá ser capaz de convencê-la, explicando como a atividade vai permitir que ela satisfaça os próprios valores.

Não obstante, se ela disser "Isso não seria eu!", ela está comunicando que fazer isso não se encaixa na auto-imagem dela ou, mais fortemente, isso na realidade vai contra o sentido de identidade dela – uma razão muito mais fundamental para não fazer. Se uma pessoa mostra que algo conflita com o nível de identidade do mapa da personalidade dela, geralmente o melhor é retroceder e tentar convencê-la de outra maneira.

O mapa da personalidade (ou níveis lógicos) também pode ser usado para aferir como você conhece uma pessoa. Por exemplo, você sabe quais os valores que ela tenta satisfazer e aqueles que ela tenta evitar? Você está consciente das crenças fortemente mantidas – e pode oferecer espaço para que ela tenha essas crenças mesmo quando contrárias às suas próprias?

A regra "Se você gosta de mim, precisa ter as mesmas opiniões, valores, crenças, etc. que eu" é a causa de muita infelicidade – apesar de que muitas pessoas acreditam que essa regra julga o verdadeiro amor!

(2) Posições perceptivas

Essa é a segunda ferramenta da PNL, comum e simples de entender, que deveria ser ensinada para cada jovem. Na PNL nos focamos principalmente em três das muitas maneiras potenciais de perceber uma situação: a minha visão, a sua visão e a visão de um observador imparcial.

Vamos dizer, por exemplo, que nós estamos tendo uma discussão. E em algum ponto, eu mentalmente examino essas três posições perceptivas. Primeiro, eu acesso a minha própria visão e, sim, eu quero que você interrompa o que está fazendo e escute o que eu acabei de ouvir sobre os vizinhos!

Depois eu "vou" para a segunda posição perceptiva – a sua visão. Agora eu imagino que eu sou você e considero a situação do seu ponto de vista. A partir do seu ponto de vista, eu constato que "aquela pessoa lá não gosta mais de me ouvir – ela costumava me ouvir – agora, ela está sempre muito ocupada!" E eu reconheço que você deve estar se sentindo magoado e incapaz de achar uma maneira de não se relacionar mais comigo.

Finalmente "vou" para a terceira posição perceptiva. Agora estou olhando a interação do ponto de vista de um espectador imparcial e objetivo. E deste ângulo, eu reconheço que essas duas pessoas não estão em rapport e que cada uma está mais interessada em fazer as coisas da sua maneira do que em determinar o que a outra pessoa pode estar querendo.

Circulando entre esses três pontos de vista, mesmo uma vez, me fornece uma informação valiosa com a qual eu posso, se eu escolher, modificar a minha abordagem. Eu agora parei com a minha atitude "eu, eu, eu" de uma criança de três anos de idade que muitos adultos trazem para dentro dos relacionamentos. Eu estou observando em termos de como posso fazer isso melhor e mais adequado para nós dois.

Os benefícios

Imagine se cada jovem tivesse a oportunidade de aprender e explorar as aplicações de apenas essas duas ferramentas!

Em primeiro lugar, eles começariam a enxergar a vantagem de prestar atenção em como os outros percebem o mundo – que é muito diferente de ser advertido "por que você não pensa também nos outros, só para variar um pouco!"

Eles também começariam a reconhecer que as outras pessoas são dirigidas pelos seus valores e pela sua autoimagem – e que existem outras maneiras de influenciar as pessoas do que usar culpa, negar afeto ou pelo medo físico ou psicológico.

E você, o que está fazendo?

Você usa essas habilidades? Você não precisa assistir a um curso completo de Certificação de Practitioner de PNL para saber como usá-las. Isso faz parte dos nossos treinamentos, porém, com alguma persistência, você pode conseguir um certo grau de habilidade simplesmente lendo sobre elas.

Nós devemos isso para as pessoas com quem mantemos relacionamentos próximos, nos esforçar para realmente compreender o que faz disparar o coração delas e o que as incomoda. Nós devemos isso a nós mesmos - usar as habilidades que asseguram que um relacionamento que começou maravilhoso fique ainda melhor em vez de se deteriorar gradualmente!

Reg Connolly é Trainer Certificado e Master Practitioner de PNL, treinador de administração e de vendas.

Artigo publicado sob o título "NLP, Schools & Relationships" no site www.nlp-now.co.uk

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