Transe [1]

O termo transe [2] vem do latim transire e significa “ir para além de”. De acordo com a  Grolier Multimedia Encyclopedia, "o transe [2] é uma condição de 'como se [3] estivesse dormindo' na qual a reação de uma pessoa aos estímulos e ao conhecimento do que está acontecendo é mínima". Existem diferentes níveis de transe [2], que variam de um transe [2] leve, semelhante a um estado [4] de leve distração ou devaneio, a um transe [2] profundo ou sonambúlico. O transe [2] profundo é definido como "uma condição que, muitas vezes simula a morte, em que há uma suspensão total do poder do movimento voluntário, e a abolição de todas as evidências da atividade mental e a redução a um mínimo de todas as funções vitais, a fim de que o paciente permaneça imóvel e aparentemente inconsciente [5] dos objetos no ambiente [6], enquanto as batidas do coração e a respiração, embora ainda presentes, estão quase ou completamente imperceptíveis." Um estado [4] de transe [2] médio ou intermediário é, muitas vezes, acompanhado por movimentos ideomotores e catalepsia - o movimento ou o endurecimento de partes do corpo sem qualquer controle consciente [7] aparente - como se [3] o corpo, ou partes dele, tenha sido dissociado [8] da personalidade consciente [7] da pessoa.

Deste modo, o "transe [2]" é constituído por um conjunto particular de estados de consciência, variando de intensidade, tipificados pela imobilidade, com foco de atenção na experiência gerada internamente e, muitas vezes, na dissociação [9] da intenção [10] consciente [7]. Os transes são comuns na hipnose [11] e na histeria e são, de fato, uma das características marcantes do trabalho hipnótico. Esse estado [4] de consciência, muitas vezes, permite que as pessoas realizem operações mentais e emocionais que não seriam capazes de realizar facilmente em seu estado [4] normal de consciência, particularmente aqueles associados com o processamento inconsciente [5] e "a mente inconsciente [5]".

Tipos de fenômenos do transe [2]

Quando estabelecido em conjunto com as sugestões hipnóticas apropriadas, o transe [2] pode ser um caminho de entrada para fenômenos psicológicos extraordinários, tais como:

1. Amnésia: lapsos ou perdas de memória para as experiências do transe [2]. Aprendizado dependente do estado [4].

2. Regressão de idade: revivificação da regressão da idade e reavivamento de experiências passadas como se [3] elas estivessem ocorrendo no presente.

3. Sugestão pós-hipnótica: criar âncoras e gatilhos para os estados da transe [2] e os fenômenos da transe [2] que podem ser disparados de novo após a sessão hipnótica.

4. Anestesia ou hiperestesia: entorpecimento ou intensificação da experiência sensorial como, por exemplo, o controle da dor.

5. Alucinação positiva e negativa: experimentar algo que não está realmente presente na realidade atual como se [3] fosse real, ou não perceber algo que realmente está presente na realidade em curso.

6. Dissociação [9]: criando estados de consciência duplos e simultâneos. Normalmente isso envolve o estabelecimento de pensamentos ou comportamentos que estão fora do conhecimento ou o controle da "mente consciente [7]" de uma pessoa.

Quando usados corretamente, esses fenômenos podem ser aplicados para fins terapêuticos. Uma aplicação terapêutica comum do transe [2] hipnótico, por exemplo, é facilitar a recordação e a resolução de eventos traumáticos que foram "reprimidos". Isso é feito criando um estado dissociado [12] no qual o paciente pode perceber o evento sem ter que reviver conscientemente qualquer dor emocional ou física. O transe [2] e o fenômeno do transe [2] também foram utilizados com diferentes graus de sucesso no tratamento de distúrbios do autocontrole como obesidade, vícios e hábitos (por exemplo, roer as unhas, tabagismo, compulsão por doces, etc.).