O Guia Clássico para o Lado Mental da Excelência no Desempenho

O tênis sempre foi considerado um jogo de elite. E a participação brasileira sempre foi apequenada, até a década de 50, quando uma brasileira, Maria Esther Bueno, destacou-se internacionalmente com a conquista de dezenove torneios do Grand Slam, nas categorias simples, em duplas femininas e um em duplas mistas. Foi a número um do mundo em 1959 na categoria individual feminina. Em 1964 foi considerada, novamente, como a melhor tenista do mundo. Suas conquistas foram históricas, e gerou um interesse maior, em nosso país, pelo tênis.

Mas foi com o catarinense Gustavo Kuerten, o Guga, que o tênis no Brasil, agora anunciado e divulgado pelos principais canais de televisão internacionais, foi ganhando, cada vez mais espaços televisivos e entre a população do País. Tricampeão de Roland Garros, é considerado o maior tenista masculino brasileiro, e um dos maiores tenistas do mundo. Único tenista da história a ganhar de Peter Sampras e Andre Agassi no mesmo torneio. Seu técnico, Larri Passos, Practitioner em Programação Neurolinguística, é um dos pioneiros na aplicação de PNL e técnicas mentais adjacentes na área tenística.

A obra O JOGO INTERIOR DO TÊNIS, ora indicada como “Livro do Mês”, foi escrita por Timothy (Tim) Gallwey, pioneiro no movimento da psicologia aplicada ao esporte e ao mundo corporativo, reconhecido como um dos elaboradores do conceito de Coaching. Peter M. Senge, autor de “A Quinta Disciplina” considera Gallwey “um dos grandes mestres de nosso tempo".

Robert Brian Dilts, em artigo publicado em Golfinho, alerta que, mesmo durante uma crise, nós temos possibilidade de escolha. Podemos, por exemplo, acessar a nossa zona interior de excelência.

A zona interior  de excelência, escreve Dilts, “é uma parte importante do que é conhecido como o 'jogo interior'  desenvolvido  por Timothy Gallwey como uma maneira de ajudar as pessoas a alcançarem a excelência em vários esportes (p. ex. tênis, golfe, esqui, etc.), na música, e também no treinamento em negócios e administração", educação, aprendizagem, e muito mais.

A obra já vendeu mais de um milhão de cópias e foi responsável por impulsionar o estilo conhecido atualmente como “Jogo Mental”, pois oferece um “método revolucionário de aprender e refletir sobre o jogo” (Harvard Tennis News).

O livro não propõe técnicas de jogo. Concentra-se no fato de que todo jogo possui duas partes: exterior e interior. “O jogo exterior é disputado contra os oponentes e é repleto de eventos inesperados; já o interior acontece dentro da mente do jogador, sendo seus principais obstáculos: a insegurança e a ansiedade. Com o elevado nível técnico e preparo físico dos jogadores da atualidade, o jogo interior é muitas vezes o fator decisivo para colocar o troféu de um Grand Slam nas mãos de um jogador.”

É famosa uma declaração de Agassi, que cito livremente: “estou confortavelmente instalado neste hotel cinco estrelas, vendo-me, ouvindo-me, sentindo-me ganhando a partida de amanhã”. Passeio ao futuro. Psicologia esportiva, que transcende o esporte, pois trata de concentração, ampliação da confiança, consciência individual, novo estilo de vida, alta performance na vida pessoal e profissional.

Billie Jean King, detentora de 39 títulos de Grand Slam, chamou a obra de "A Bíblia do Tênis".

Mas o JOGO INTERIOR DO TÊNIS é muito mais: é uma grande metáfora de aprendizagem. Um excelente manual de cabeceira para ampliar a nossa criatividade, a nossa ecologia, a nossa humanidade.

João Nicolau Carvalho, Professor Universitário, Trainer em PNL