"A Coragem de Amar", de autoria de Stephen Gilligan, foi lançado no Brasil pela Editorial Caminhos, de Belo Horizonte, em 2001. Mas com circulação muito restrita, somente agora se registra em Golfinho. A obra está sendo vendida através do "site" da Dra. Sofia Bauer, abaixo disponibilizado aos leitores deste Portal.

Sephen Gilligan, PH. D., psicólogo, participou de 1974 a 1977, do grupo original de estudantes da Universidade da Califórnia, campus de Santa Cruz, que se reuniam com os fundadores da Programação Neurolinguística. Estudou também com Gregory Bateson e Milton Erickson. Após receber seu doutorado em psicologia na Universidade de Stanford, converteu-se num dos principais divulgadores e praticantes da hipnoterapia ericksoniana.

Motivado por suas experiências como terapeuta, professor e por sua própria busca, Gilligan desenvolveu uma nova prática de despertar radical, incorporando hipnose ericksoniana, aikidô, budismo, meditação, gerando o que ele chama de Psicoterapia das Relações do Self.

Recentemente uma editora espanhola lançou "EL VIAJE DEL HÉROE" uma preciosa obra escrita por Gilligan e Robert Dilts, uma riquíssima conversação entre os autores que mais contribuíram para a espiritualidade da PNL.

A partir de um mágico seminário de quatro dias, Robert Dilts e Stephen Gilligan produziram um belíssimo relato, vívido e dinâmico, em que faz o leitor sentir-se presente, participante de uma experiência coletiva de transformação individual. A obra está a merecer uma edição em língua portuguesa.

Em "A Coragem de Amar", que tem como subtítulo "Princípios e práticas da Psicoterapia das Relações do Self, o Autor trilha o caminho do amor que parece que está desaparecendo, enquanto que o ódio e o desespero aumentam cada vez mais.

Aqui Stephen Gilligan apresenta o amor como uma habilidade e uma força que pode gerar curas, fortalecer e guiar, acalmar e nos motivar a refazer nossas relações. O autor "descreve como a psicoterapia pode ser usada para cultivar a coragem e a liberdade de amar".

Livro de 272 páginas, "A Coragem de Amar", prefaciado por Sofia Bauer, autora de, entre outras obras, do já clássico "MANUAL DE PSICOTERAPIA ERICKSONIANA", foi organizado em quatro partes.

Na primeira, "PRINCÍPIOS", o leitor vai tomando conhecimento e vivenciando as premissas básicas propostas pelo Autor com base nas suas próprias experiências e pesquisas, apresentando algo como um caminho do meio budista, "nem firme demais, nem solto demais".

Na segunda parte o autor descreve as práticas fundamentais para se ter coragem de amar: o autor advoga que a vida e a terapia sejam abordadas como artes performáticas, "que requerem atenção ao modo como o relacionar intrapessoal e interpessoal se desenvolve, se mantém e se expressa". Gilligan entende o amor como uma prática ou habilidade, que pode ser praticado mesmo em condições adversas.

No sumário dessa parte, o leitor, agora retornando do exílio pessoal e/ou institucional, vivencia a coordenação mente/natureza. Aprende a usar a respiração, a meditar, focar a atenção, a limpar as portas de percepção. São belos exercícios e vivências, um rio de da vida a "fluir através de você, trazendo-lhe diariamente um mundo de experiências. Você será tocado por todas as emoções que a humanidade conhece: felicidade, tristeza, raiva, entusiasmo, repulsa..."

Na última parte, a terceira, tomamos conhecimento de como nos preparar para o relacionamento: identificar o problema; identificar e localizar somaticamente o self negligenciado; ativar e localizar o self cognitivo; identificar o "apadrinhamento" negativo e diferenciar dele; ligar o self cognitivo ao self somático (negligenciado); repassar a sequência do problema; práticas adicionais para o self relacional. O autor, calcado em Jung, "demonstra a pertinência do processo arquetípico para a psicoterapia e o uso dos rituais terapêuticos", como registra, com felicidade, o editor.

"Que você possa ler o livro como um poema que desperte você e os outros", é a mensagem do Autor.

Que mais dizer? Leia o livro – transforme sua vida em poesia para melhorar o mundo. O planeta Terra agradece.

João Nicolau Carvalho, professor universitário