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Você já se sentiu como se estivesse absorvendo muita informação de uma forma eficiente, e depois, mais tarde, quando precisou relembrar aquela informação, deu um branco?
Alguma vez você já dominou alguma coisa muito complicada depois de anos se esforçando só para chegar a um ponto onde os detalhes mais simples de tais habilidades estavam fora do seu alcance consciente, contudo, você ainda podia usar as habilidades relevantes de uma forma comportamental ou magistralmente?
Alguma vez um Practitioner ou Trainer de PNL já lhe pediu: "Pense em uma vez em que você sentiu _____", mencionando uma emoção relevante do seu passado, e aí você descobriu que não conseguia relembrar aquele tempo específico (embora você saiba que deve ter tido essa experiência)?
Esses momentos cheios de problemas não são motivo para se julgar a qualidade geral das suas habilidades da memória. Em outras palavras, a incapacidade de relembrar as informações ou as memórias como nas situações acima, não significa que você tenha uma memória ruim.
Para entender essas experiências de uma forma mais precisa, você precisa separar as habilidades de "armazenamento da memória” das habilidades de "recuperação da memória".
As pessoas com as mais notórias habilidades de memória combinam técnicas de armazenamento de informação mais eficientes com perguntas mais efetivas (e relevantes).
E se você não pertence a essa pequena categoria de pessoas afortunadas com grandes habilidades de armazenamento de informação bem como grandes habilidades de recordação, então você está entre a grande maioria das pessoas, que precisam decidir se ficam satisfeitas com as suas habilidades de memória ou trabalham para melhorá-las.
Então, vamos olhar primeiro para:
Métodos de armazenamento da memória
A maioria de nós não tem nem ideia de como nos lembramos e de como organizamos as nossas memórias. Quase todos nós fazemos isso inconscientemente. Os seres humanos são extraordinários aprendizes (dadas as experiências efetivas de aprendizagem, motivação, fascínio, bons professores, feedbacks de retroalimentação, etc.). Nós adquirimos novos conhecimentos e novas habilidades com alguma facilidade, embora com variações de pessoa para pessoa. Nós também temos preferências sobre como armazenamos a nossa informação. Na perspectiva da PNL, a maior parte de como armazenamos a informação pode ser obtida dos nossos "metaprogramas". Como nós "classificamos" para obter as informações geralmente está relacionado à forma de como armazenamos a informação.
Então sem entrar em detalhes sobre os metaprogramas, eles podem ser considerados como filtros. E aqui estão alguns filtros comuns (ou métodos de classificação) que fazem parte das memórias:
• Tempo (algumas pessoas armazenam e acessam as memórias ao longo de uma linha do tempo)
• Pessoas (algumas pessoas armazenam e acessam as memórias associadas com outras pessoas que elas conhecem)
• Coisas (algumas pessoas armazenam e acessam as memórias baseadas nas coisas que elas compraram ou guardam)
• Emoções (algumas pessoas armazenam e acessam as memórias baseadas em gatilhos emocionais)
• Lugar (algumas pessoas armazenam e acessam as memórias com base no local ou cidade ou pontos de preferência)
Existem mais "tipos", porém esses acima estão entre os mais comuns.
Algumas pessoas também têm a capacidade de armazenar as suas memórias ou suas informações usando mais de um tipo de classificação. É bastante comum isso acontecer.
Na versão da metáfora do computador isso é como um banco de dados. Afinal, os bancos de dados foram criados por programadores para simular como os seres humanos armazenam e acessam as memórias. Não é nenhuma surpresa que possamos usar um deles como metáfora do outro. Assim, podemos ter um grande banco de dados cheio de ouro, mas se nós não entendermos o "índice" que está sendo usado (isso é, a forma como a informação está organizada e classificada), nós nunca seremos capazes de extrair esse ouro.
Digamos que alguém lhe faz uma pergunta como: "Ei, você se lembra daquele cara, o Jim de Cincinnati?" Com que facilidade ou não você acha que vai se lembrar do Jim se você armazena as suas memórias com base no tempo? Se você não armazena as suas memórias com base em pessoas, ou com base em lugares, você provavelmente não vai se lembrar do Jim a não ser ou até que alguém acrescente à pergunta: "Sabe o Jim, nós o conhecemos em agosto do ano passado." Até que você tenha aquela parte chave da informação que combina o seu armazenamento preferido da memória e os métodos de classificação, a memória estará indisponível. Agora, sabendo que você conheceu o Jim em agosto, a memória do Jim volta, as imagens afloram e, de repente, você também se lembra do Jim.
Assim, se você de alguma forma assimilou a ideia de que a sua "memória não era lá tão boa", você pode abandonar essa crença limitante e imprecisa em favor de algo mais estimulante para você mesmo, porque a verdade é: a sua memória é muito boa. Assim que você começa a entender como funcionam os seus próprios padrões de classificação, você pode superar os desafios da memória obtendo resultados bastante surpreendentes e, finalmente, descobrir que a sua própria memória de classe mundial estava lá o tempo todo, só esperando você descobrir como usá-la de uma forma mais eficiente!
Como testar o seu próprio método/padrão de armazenamento da memória
Basta fazer a si mesmo algumas perguntas usando cada um dos filtros acima como o seu método de organização (existem outros tantos além da lista acima).
Para testar se você classifica as memórias pelo tempo, faça a si mesmo perguntas como:
(NOTA: Não trate essas perguntas como uma ferramenta de diagnóstico completa. Elas são um subgrupo de exemplos, um guia incompleto de como vamos cuidar da avaliação das preferências da classificação da memória de alguém. Elas estão marcadas de P1 a P7 somente para podermos nos referir a perguntas específicas com precisão e de maneira resumida).
• P1: "Na última quinta-feira à tarde, onde eu estava ou o que eu estava fazendo?"
• P2: "Neste mês, a 4 anos atrás, qual era o meu projeto mais importante?"
• P3: "A 12 anos e 6 meses atrás, quem era o meu melhor amigo naquele momento?"
Respostas rápidas as perguntas acima indicam uma forte classificação pelo tempo.
Para testar se você classifica por pessoas, não pergunte sobre o tempo em primeiro lugar. Tente assim:
• P4: "Diga o nome, em qualquer sequência, de todos os seus melhores amigos que você teve ao longo da vida."
• P5: "E depois que você terminar a lista, indique o período de tempo mais relevante para cada amigo." (Se você só puder fazer isso em sequência ao longo do tempo, então, ou você classifica por tempo ou pela época).
Para testar se você classifica mais por emoções do que por tempo, pergunte o seguinte:
• P6: "Onde em seu corpo você sentiria ou sente o fascínio (ou, qualquer outra emoção)? E uma vez que você sente essa emoção, quando foi a última vez que você a sentiu?" (classificação pela emoção, antes de mais nada).
Se você pode responder à pergunta P6 mais rápido do que a próxima pergunta, você pode ter uma forte classificação pela emoção:
• P7: "Quando foi a última vez que você se sentiu fascinado (atraído)?" (classificação pelo tempo).
Se você puder responder à P7 mais facilmente do que a P6, então você classifica as memórias mais pelo tempo do que pela emoção.
Então, espero que isso tenha ilustrado alguns métodos a serem usados para determinar os padrões de classificação da memória de alguém. Quando nos comunicamos com clientes de coaching é importante assegurar que nem um único instante seja desperdiçado.
Então, se você é coach, é melhor preparar as suas perguntas e perceber que a falta de capacidade do cliente de produzir memórias compatíveis diz tanto ou mais sobre a maneira como você expressa as suas perguntas, como faz sobre a história dele. E se você é cliente de um coach, você iria querer que ele garanta que as perguntas que ele faz sejam bem planejadas para os seus ouvidos, para obter respostas rápidas e efetivas.
Embora as perguntas acima não sejam a lista completa, elas são exemplos de alguns dos métodos e protocolos precisos que usamos nas sessões de coaching pessoal para determinar os padrões de classificação da memória.
Assim, presumindo que você tenha algumas grandes pistas sobre como descobrir os seus próprios métodos de classificação e armazenamento da memória, agora precisamos saber mais sobre como os fatos e as memórias são recordadas e acessadas.
Perguntas sobre recordação da memória para nós mesmos
A probabilidade é de que você pertença à maioria das pessoas que usam os mesmos métodos de classificação da recordação da memória que usamos para armazenar os nossos próprios fatos e memórias.
A maioria de nós é afortunada, nesse aspecto, pois se usamos o tempo para organizar as nossas memórias, então para se lembrar das coisas consciente e inconscientemente, nós tendemos a nos fazer perguntas com base no tempo. Se usarmos lugares como o nosso método de classificação principal para armazenar memórias, pensamos primeiro sobre lugares, e para acessar informações adicionais nós memorizamos quando estávamos vivendo ou visitando esses lugares. Outra maneira de dizer isso é que os nossos métodos de armazenamento e recuperação são congruentes. Nós usamos os mesmos circuitos, para entrada e para a saída! Isso é muito importante, e útil.
Se você não for uma dessas pessoas, então pode realmente ter dificuldade em lembrar muitas, muitas coisas - até mesmo das coisas que você quer se lembrar para o seu próprio uso. Tal pessoa irá se beneficiar massivamente se receber coaching de alguém que entende de todos esses assuntos e que poderá ajudá-la a desenvolver novas habilidades e técnicas de memória de longo prazo.
Por outro lado, se um passeio pelo caminho da memória é uma atividade frequente e fácil para você, e muitas vezes você pode se lembrar dos endereços, números de telefone, aniversários, nomes, etc, então você pode ficar tranquilo porque, provavelmente, não tem nada para se preocupar em termos de gerenciamento da sua própria memória.
Perguntas sobre recordação da memória feitas pelos outros sobre nós
Alguma vez você já ouviu um instrutor de PNL perguntar: "Pense em uma vez em que você se sentiu poderoso!"? Se foi assim, isso alguma vez não funcionou para você? Não importa quanto você tentou, era impossível acessar uma memória compatível?
Se alguém lhe faz uma pergunta que tenta levá-lo a lembrar de uma memória, e você não foi capaz de se lembrar, tudo o que isso significa potencialmente é que: (a) você não tem essa memória - que é ridículo se a pergunta é semelhante a "você já se sentiu poderoso antes", ou (b) o autor da pergunta usa um método de classificação que não combina com as suas preferências de armazenamento da memória.
De vez em quando, uma pessoa pressupõe erroneamente que isso é culpa dela. Talvez ela até conclua que há algo de errado com ela, ou com o cérebro dela ou possivelmente que a PNL realmente não funciona. Nenhuma dessas conclusões está remotamente perto da verdade.
Se você armazenar suas memórias pelo tempo e alguém lhe pede para pensar em uma vez em que você se sentiu poderoso, então a menos que você tenha se sentido fraco (sem forças) ao longo de toda a sua vida, você será capaz de seguir a instrução dele, de forma relativamente rápida. Confie nisso.
Se você classifica pelo lugar e recorda as suas memórias usando lugares (como um índice organizador principal) e alguém lhe pede para "pensar em uma vez em que se sentiu poderoso", você pode não ser capaz de responder rapidamente ou de qualquer modo. A memória que ainda está enterrada na sua mente através de 'ponteiros' como em que cidade você estava onde (e não quando) sentiu essa emoção da última vez, não é facilmente acessível através de uma classificação do tempo. Ele deveria ter lhe perguntado: "pense em um lugar onde você se sentiu poderoso" e a memória estaria rapidamente disponível.
Na PNL chamamos esse tipo de pergunta de "eliciação". Nós, muitas vezes, fazemos perguntas que são planejadas para fazer com que os alunos (ou os clientes do coaching) reavivam as emoções de experiências passadas. Fazemos isso porque nós operamos a partir de uma crença que diz que "todo mundo já tem os recursos de que necessita, dentro de si." Em outras palavras, todo mundo é capaz de resolver os seus próprios desafios, mas por alguma razão, eles simplesmente ainda não viram como acessar os seus próprios recursos, ainda. Como Practitioners de PNL, nós atuamos como guias para ajudar as pessoas a acessarem o próprio brilho e a capacidade existente nelas. Nós ajudamos a eliciar as memórias, as habilidades e as emoções mais antigas e com mais recursos, e ajudamos as pessoas a carregar aqueles recursos passados para os desafios atuais. E, às vezes, ensinamos algumas técnicas novas para possibilitar um maior progresso.
Em relação aos desafios descritos inicialmente
Se você sabe que absorve muita informação de forma efetiva, mas tem desafios com a recordação, a probabilidade é que os seus métodos de armazenamento de informações podem não coincidir com os seus métodos de recordar as informações. Nesse caso, use algumas das ideias desse artigo para: (a) determinar onde estão as diferenças ou (b) mudar a maneira como você organiza as novas informações, ou (c) mudar a maneira que você faz perguntas a si mesmo para examinar o seu conhecimento e a sua memória existente!
Se você alguma vez já dominou algo complicado depois de anos de esforço, então encontrou os detalhes fora do alcance consciente, já que a demonstração magistral ainda existe... fique tranquilo. Isso é o que acontece quando você atinge a competência inconsciente no seu aprendizado. Isso é realmente normal, e é uma evidência de alcançar altos níveis de desempenho! Para recuperar o acesso consciente para os detalhes, você vai ter que rever o material novo desde o início (não se preocupe, a segunda vez é muito mais rápida). Só depois de aprender alguma coisa duas vezes você pode ter a competência consciente e a competência inconsciente ao mesmo tempo.
Se "pense em uma vez em que você sentiu _____" não funcionou para você, reformule a pergunta para incluir as suas próprias preferências de classificação em vez de apenas uma classificação de tempo! Isso é, diga para você mesmo "pense em um lugar onde..." ou "pense em uma pessoa que me fez sentir..." ou "pense nas coisas que me fazem sentir...", etc!
Quantas vezes usar essas lições?
Se constantemente lhe é dado um teste de alta dificuldade, e você precisa se sair tão bem quanto possivelmente pode, reconheça que, as vezes, os testes fazem perguntas que usam métodos de classificação de pouca utilidade comparados com aqueles que nós usamos. Aprenda a identificar que padrões de classificação você usa, que padrões de classificação os testes usam e como converter de um para o outro na sua mente! As melhores respostas irão aparecer rapidamente!
Se você estiver em uma entrevista e fez perguntas que não produziram respostas, ou percebeu que o seu entrevistado/entrevistador utiliza um processo de classificação diferente do que você usa, mude a maneira como você faz as suas perguntas! Obtenha respostas diferentes e melhores!
Se você está falando para um grupo, e quer que todos na sala acessem memórias ricas em recursos, faça várias vezes as mesmas perguntas de eliciação usando um método diferente de classificação em cada uma delas! Tenha a certeza de separar essas perguntas com a palavra "ou" para que as pessoas saibam que tudo estará bem se elas puderem responder com sucesso a só uma dessas perguntas!
Essas são habilidades críticas para saber como reunir melhor informação sobre nós mesmos e os outros!
O artigo original "Better Memory Skills with NLP Sorting Patterns" encontra-se no site: www.altfeld.com/blog/